sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Resenha - A Fúria da Raça


RESENHA




1 -  Identificação do autor.


         
          Ilma Mendes Fontes é sergipana de Aracaju, é a autora do livro – roteiro “ A Fúria da Raça”. Ilma possui formação em jornalismo e medicina psiquiátrica, também é cineasta, diretora de teatro e amante da história de Sergipe. Ilma foi atriz principal do primeiro filme sergipano, também participou de um filme de cowboy. Em 1834, Ilma participou diretamente da criação e montagem da TV Aperipê, da qual participa até hoje. Ilma participou de um seriado que é pioneiro e único, realizado fora do eixo sul-sudeste, esse seriado circula até hoje na TVE. O Roteiro original “ A Fúria da Raça” foi escrito e finalizado em 1837, devia estrear na TV em 01 de janeiro de 1990. Para realizar o roteiro cinematográfico Ilma teve o apoio da funtevê, café sul-americano e unimed. A atriz principal do filme foi Maria Zilda. Ilma enfrentou diversos problemas para realizar seu roteiro, principalmente de ordem econômica, mas em 2001 Ilma teve o seu trabalho coroado, seu filme foi lançado e esteve em cartaz no cinemark em aracaju.
          Para realizar seu roteiro Ilma pesquisou por quatro anos no museu do índio, na biblioteca nacional do rio de janeiro e nas bibliotecas Epifânio Dória e Clodomir Silva, em Aracaju. Se utilizou de diversos documentos da história de Sergipe, teve o apoio de amigos historiadores da Universidade Federal de Sergipe e de um amigo de Portugual.



2 -  Estrutura do Livro



          O livro “ A Fúria da Raça” escrito por Ilma fontes, possui 306 páginas, por se tratar de roteiro cinematográfico está dividido em cenas em vez de capítulos. Nas cenas pode ocorrer diálogos entre os personagens, ou então a descrição dos cenários e ou dos personagens que atuam em silêncio . A linguagem utilizada pela autora é simples e de fácil entendimento, além de se tratar de uma leitura atrativa e empolgante.



3 -  Idéia Central do Livro



          Segundo palavras da própria autora, pois tive o prazer de conhecê-la e estar um tempo com ela, o seu objetivo nessa obra é contar a história da conquista de Sergipe, sem inventar. Esclarecendo, a idéia central do livro é, mostrar os conflitos de forças e idéias antagônicas que resultou na conquista de Sergipe Del’ Rei por Cristóvão de Barros em 01 de janeiro de 1590. Enfatizando a brava e heróica resistência dos nossos indígenas contra a dominação territorial, religiosa e cultural imposta pelos portugueses, que queriam colonizar a terra escravizando os índios.



4 -  Críticas



          Apesar do livro está baseado em pesquisas, documentos verídicos e personagens reais, é na verdade uma história de ficção. Existem falhas documentais que foram preenchidas com a imaginação da autora, principalmente no que diz respeito as personagens femininas que foram inventadas por não se ter registros
 históricos da época, sobre elas. Se formos analisar a obra no contexto histórico científico, essas falhas são inconcebíveis. A troca dos governadores gerais da Bahia ocorre de forma rápida, sem mais explicações que seriam necessárias no contexto histórico.



5 -  Indicação



          Por se tratar de uma obra que detalha com clareza momentos históricos importantes sobre a conquista de Sergipe, detalhes da vida cultural e religiosa dos povos que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, a grande nação Tupinambá, a obra é bem indicada para historiadores, antropólogos e sociólogos, não só para professores e alunos de curso superior, mas também seria interessante para alunos de nível médio.   





BIBLIOGRAFIA:

·         A lenta penetração portuguesa no Brasil: As cartas de Sergipe Del Rei, território marginal. In, Estudos Ibéricos e Estudos ibero-americanos. Nice, Publicação da Faculdade de Letras e Ciências Humanas; Paris: “As Belas Letras”,  1ª ed, 1983, pág. 133-145.
·         BEATRIZ, Góis Dantas. Índios em Sergipe. IN: DIANA. M. Diniz. Textos para a História de Sergipe. São Cristóvão/SE, Aracaju: Banese, 1991.
·         FONTES, Ilma Mendes. A Fúria da Raça – Roteiro Cinematográfico. Aracaju/SE. J. Andrade, 1997, 306 p.
·         Documento: “A CARTA DE TOLOSA”.
 



                                          

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